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Por Nicolas Milon
Fotografia de Lionel Moreau
Ao lado do Grand Théâtre de Bordeaux, reformado pelo arquiteto e designer Matthieu Récopé de Tilly e pela designer de interiores Margot Le Métayer, este apartamento de 35 metros quadrados reúne toda a praticidade e conforto de um apartamento maior, completo com cozinha, banheiro, separado quarto e amplo espaço de armazenamento.
“Tivemos que tornar o espaço mais fluido, manter o máximo de luz natural possível e encontrar uma solução para o pé-direito baixo”, diz Matthieu. Dentro do apartamento em forma de L os arquitetos criaram três espaços de tamanhos iguais para conter a sala de estar; uma caixa revestida a madeira para a cozinha, arrecadação, vestiário, WC e casa de banho; e, finalmente, o quarto. A caixa – núcleo central que organiza o apartamento – tem acabamento em carvalho manchado e coberta de espelhos que refletem a luz e fazem o espaço parecer maior.
As portas dos armários embutidos abrem-se para revelar uma secretária escondida. A lâmpada Atollo é da Oluce. A suavidade do piso de concreto polido proporciona uma sensação de conforto, reforçada pelos ângulos arredondados dos móveis embutidos (Thomas Trabuc) e da cornija.
Para aumentar a sensação de altura e espaço do apartamento, os arquitetos criaram uma linha imaginária que o atravessa a meio metro do chão e que se reflete nas estantes e nos móveis, começando pela escrivaninha à direita da entrada. “Esta altura bastante baixa serve como um ponto de ancoragem visual para o olho desde o momento em que você entra e restaura a sensação de espaço vertical”, diz Matthieu.
Esta ancoragem visual também se encontra no quarto, ao nível da cama e dos armários, bem como na parte inferior das portas caneladas. De forma a realçar a sensação de luz que preenche o apartamento, bem como a favorecer a fluidez no espaço, a fôrma rectangular existente no apartamento, com as suas diversas condutas, foi transformada com uma cornija arredondada e convexa. Essa mesma forma se reflete nos cantos arredondados dos móveis, aumentando a sensação de fluidez por toda parte.
Uma grande caixa de marcenaria de carvalho (Thomas Trabuc) esconde a cozinha, o banheiro e o chuveiro, criando um corredor aberto que leva ao quarto. As portas espelhadas servem para ampliar visualmente este pequeno espaço, refletindo a luz.
No início da reforma do apartamento, uma seção da parede de pedra bordalesa foi revelada. Eles optaram por mantê-lo no lugar e escolher materiais com estética mineral semelhante e imbuídos da mesma suavidade. Travertino, cal e concreto encerado coexistem harmoniosamente com o calcário original. A combinação do vidro canelado com o carvalho escuro dos móveis embutidos e da caixa central traz uma sensação de verticalidade ao apartamento ao mesmo tempo que proporciona privacidade nos espaços do banheiro – tudo isso sem obscurecer a luz. Para a melhor simbiose possível com a pedra antiga, Matthieu e Margot optaram por tons claros e luminosos em tonalidades que contrastam com a madeira, criando uma sensação de volume. O piso de concreto encerado bege é apenas um ou dois tons mais escuro do que as paredes brancas e o teto.
As portas dos armários da cozinha são revestidas em bege limão, combinando com o piso, e as bancadas em travertino.
Tudo está em sincronia nas cores e materiais do apartamento – desde os móveis embutidos, com suas curvas suaves, até o efeito luminoso do concreto bruto e da cal natural refletidos nos espelhos. “Não gostamos muito de usar muitas cores e preferimos matérias-primas. A cor do piso harmoniza perfeitamente com a da pedra”, explicam os designers. Um piso de concreto encerado cobre toda a superfície do apartamento. As portas da cozinha são revestidas a cal e as bancadas em travertino. No banheiro, nichos de concreto polido dialogam com o móvel do lavatório de madeira – tema que continua com o espaço de arrumação do quarto e a cabeceira de madeira e cal. O efeito é tal que nada se destaca e tudo se encontra lindamente.